Sentada próximo ao jardim, ela observa á noite. Mais uma vez se encontra perdida em meio a pensamentos desordenados. Mantém-se indecifrável por alguns instantes, como uma esfinge enigmática. Mas por dentro, transborda sentimentos nunca antes vivenciados. Então percebe que o que sente é um tipo raro de felicidade... aquela que se sente quando há uma verdadeira liberdade interior.
Por um momento ela esqueceu todos os problemas e mergulhou nesse mundo recém-descoberto. Lá, ela vivencia sonhos nunca antes realizados... o mundo vazio e solitário dá lugar á fantasia, e todas as dores e cicatrizes desaparecem dando vida a um novo ser.
De volta à realidade, o dia parece mais claro e os jardins mais vivos. A Lua parece mais brilhante e toda a sua tristeza se foi. Mesmo com tantos problemas e tantas preocupações, ela sente uma força que a impulsiona a ir em frente e de cabeça erguida, sem medo de ser feliz.